quarta-feira, 30 de março de 2011

Doenças Causadas pela Radiação Nuclear

Os efeitos da radiação nuclear para a saúde vão depender do tempo e do grau de exposição a que o indivíduo esteve. Quanto mais tempo estiver exposto, maior o risco de desenvolver doenças, embora pouco tempo de exposição a uma grande quantidade de radiação possa ser fatal.
Quando a radiação nuclear atinge o corpo humano, existem duas hipóteses, causar uma queimadura grave, devido a exposição aos raios alfa, ou sofrer alterações celulares que podem causar doenças, inclusive o câncer, no caso do contato com os raios beta e gama.
A radioterapia, uma das formas de tratamento para o câncer é benéfica por expôr uma pequena região a uma quantidade exata de radição, o que leva a morte das células cancerosas.
Uma outra complicação é a inalação de partículas de iodo radioativas que ficam dispersas pelo ar. Uma das formas de contornar esta situação é tomar uma cápsula de iodo, assim o corpo não irá absover o iodo radiotivo, mesmo que o indivíduo inale o ar contaminado.


Algumas doenças causadas imediatamente após a exposição à radiação nuclear alta são:
  • queimaduras
  • distúrbios gastrointestinais
  • síndrome cerebral
  • doenças do sangue (leucemia)
  • Infertilidade
A síndrome cerebral é um tipo de inflamação do tecido cerebral, que ocorre quando existe uma exposição muito alta  ao material radioativo, e sempre leva à morte. Os distúrbios gastrointestinais são graves e são causados pela destruição da mucosa e levar a morte em menos de 1 semana.
A radiação também provoca doenças do sangue, porque promove destruição da medula óssea, baço e dos gânglios linfáticos que são responsáveis por criar novas células sanguíneas, que pode levar a morte em até 3 semanas após a exposição à radiação.
A Infertilidade, falta de menstruação, diminuição da libido, catarata e anemia, também podem ser consequências imediatas à exposição radioativa nuclear.

Comida Contaminada com Radiação Nuclear

O consumo de comida e de água contaminada com radiação nuclear pode levar ao surgimento de diversas doenças e afeta particularmente bebês e crianças. Distúrbios gastrointestinais e doenças que afetam o sangue podem ser imediatamente percebidas após a ingestão destes alimentos, que podem gerar uma desidratação. Um quadro grave particularmente para os bebês e para as crianças pequenas.
Para evitar a contaminação da população, deve-se evitar o consumo de água da torneira e de alimentos que venham da região afetada. O ideal é tomar água mineral que tenha vindo de uma outra região, bem distante dos locais contaminados e comer produtos industrializados.
Segundo pesquisas, se um indivíduo comer cerca de 100 gramas de um alimento contaminado com radiação nuclear durante 1 semana, estima-se que ele tenha sido exposto à mesma radiação que seria aceitável em 1 ano de exposição, o que altamente prejudicial à saúde.
Numa região que esteve exposta à radiação nuclear não se deve morar, nem produzir nada até que sejam feitas novas análises que demonstrem que os níveis de radiação já são aceitáveis. E isto pode demorar meses ou anos para acontecer.

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quinta-feira, 24 de março de 2011

Onu diz que indices de radiação diminui em usina nuclear no Japão

Dados japoneses indicam que os índices de radioatividade caíram drasticamente na usina nuclear mais danificada pelo terremoto e o tsunami da semana passada, disse a agência nuclear da ONU nesta terça-feira.

De acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), um índice de radiação de 11,9 milisieverts (mSv) por hora foi observado no portão principal da usina nuclear de Fukushima, na noite de segunda-feira (horário de Brasília). Seis horas depois, o índice caiu para 0,6 milisieverts, segundo comunicado da agência sediada em Viena. A AIEA usa a unidade para medir doses de radiação recebida pelas pessoas. A exposição a mais de 100 milisieverts por ano já pode levar ao câncer, segundo a Associação Nuclear Mundial.





O primeiro-ministro Naoto Kan pediu que as pessoas não saiam de casa num raio de 30km em torno da usina - área onde vivem 140 mil moradores. Essa é a mais grave crise nuclear no planeta desde o acidente na usina de Chernobil, na Ucrânia, em 1986.

Cerca de oito horas após as explosões, a Organização Meteorológica Mundial disse que os ventos estavam dispersando o material radiativo sobre o oceano Pacífico, longe do Japão e de outros países asiáticos. Mas a agência meteorológica da ONU acrescentou que as condições meteorológicas podem mudar.



O acidente nuclear - causado por um terremoto e por um subsequente tsunami, na sexta-feira - agrava as preocupações com o impacto econômico das sucessivas tragédias. As ações de empresas japonesas chegaram a cair até 14%, mas fecharam a terça-feira em baixa de 9,5%. Na véspera, a queda já havia sido de 7,5%o, e os dois dias de quedas representam a retirada de US$ 620 bilhões do mercado.

Os níveis de radiação na cidade de Maebashi, 100 km a norte de Tóquio, e na província de Chiba, perto da cidade, são até dez vezes superiores aos níveis normais, segundo a agência de notícias Kyodo.

Na capital são registrados apenas níveis mínimos, que segundo as autoridades municipais até agora 'não são um problema'.

Em um sombrio pronunciamento à nação, Kan disse que 'a possibilidade de vazamento radioativo ainda está aumentando'. 'Estamos fazendo todos os esforços para evitar que o vazamento se propague. Sei que as pessoas estão muito preocupadas, mas eu gostaria de pedir que ajam com calma.'

Dois reatores da usina Fukushima Daiichi registraram explosões na terça-feira, após vários dias de esforços frenéticos para resfriá-los. A agência Kyodo disse que a piscina de resfriamento de combustível nuclear no reator número 4 pode estar fervendo, o que sugere que a crise está longe de terminar na central nuclear, que fica 240 km ao norte de Tóquio.

A empresa que opera a usina retirou 750 trabalhadores do local, restando apenas 50, e o sobrevoo de aeronaves foi proibido num raio de 30 km em torno da usina.

'O material radioativo chegará a Tóquio, mas não é prejudicial ao corpo humano, porque ele será dissipado no momento em que chegar a Tóquio', disse Koji Yamazaki, professor de ciências ambientais na Universidade de Hokkaido. 'Se o vento ficar mais forte, isso significa que o material voará mais rápido, mas será ainda mais dispersado no ar.'

Apesar dos pedidos de calma, os moradores correram para se abastecer no comércio de Tóquio. A Dom Quixote, loja de departamentos que funciona 24 horas por dia, no bairro de Roppongi, esgotou seu estoque de rádios, lanternas, velas e sacos de dormir.

Num sinal de receio com a radiação, a China disse que vai retirar seus cidadãos das áreas mais afetadas, mas que não detectou nenhum nível anormal de radiação em seu território. A Air China decidiu cancelar voos para Tóquio.

Várias embaixadas aconselharam seus funcionários e cidadãos a abandonarem as zonas afetadas. Turistas abreviaram suas férias, e empresas multinacionais orientaram seu pessoal a partir, ou cogitam se transferir para fora de Tóquio.



*Com informações das agências internacionais

Radiação no Japão: Como tudo começou

  Os níveis de radiação começou a subir acentuadamente a partir do vapor que foi visto fugindo da unidade 3 da usina, danificada em primeiro lugar pelo terremoto de 9,0 pontos e pelo tsunami que atingiu o Japão, sexta-feira, e depois por uma explosão no reator. 

Houve explosões em dois outros reatores na usina, e dois incêndios em uma quarta unidade, que estava sendo usada como uma instalação de armazenamento de material radioativo. 

Um funcionário do governo japonês informou que os vasos de contenção de todos os três reatores da usina, que explodiu pode estar vazando, aumentando as preocupações de vazamento das perigosas radiações 

Altos níveis de radiação vazou de uma usina nuclear devastada pelo tsunami , a nordeste do Japão depois que um terceiro reator foi abalado por uma explosão na terça-feira e um quarto reator pegou fogo. 



Um funcionário do governo japonês informou que os vasos de contenção de todos os três reatores da usina, que explodiu pode estar vazando, aumentando as preocupações de vazamento das perigosas radiações 

Altos níveis de radiação vazou de uma usina nuclear devastada pelo tsunami , a nordeste do Japão depois que um terceiro reator foi abalado por uma explosão na terça-feira e um quarto reator pegou fogo. 
Tóquio também relataram níveis de radiação ligeiramente elevada, mas os funcionários disseram que o aumento foi pequeno demais para ameaçar a 39 milhões de pessoas em torno da capital, a 270 quilômetros de distância. 
Funcionários ao sul de Fukushima relatados até 100 vezes os níveis normais de radiação manhã terça-feira, agência de notícias Kyodo relatou. Embora esses números são preocupantes, se houver exposição prolongada, elas estão longe de ser fatal.





Kan e outros funcionários advertiram que há perigo de mais  fuga radioatividade e disse às pessoas que vivem dentro de 30 quilômetros do complexo da Dai-ichi Fukushima para ficar em casa. 

A crise nuclear é a pior que o Japão já enfrentou desde o bombardeio atômico de Hiroshima e Nagasaki durante a Segunda Guerra Mundial. É também a primeira vez que tal ameaça nuclear grave foi levantada no mundo, desde que uma central nuclear em Chernobyl, na Ucrânia explodiu em 1986. 

Mais sobreVazamento de radiação nuclear nas usinas do Japão 

Níveis de radiação nuclear no Japão: até quanto é seguro?

Às 14h46 desta sexta (horário local), mesmo horário da catástrofe uma semana atrás, o Japão parou e fez um minuto de silêncio em homenagem aos mortos, feridos e desaparecidos vítimas dos terremotos e tsunamis que assolaram o país. Desde o primeiro abalo sísmico, que atingiu 9 graus na escala Richter na sexta-feira passada, mais de 500 outros pequenos tremores foram registrados em boa parte do país. O último número divulgado pelas autoridades locais contabilizam 6.548 mortos, 10.354 desaparecidos e mais de 1 milhão de desabrigados.



Na manhã desta sexta (18), a Agência de Segurança Nuclear do Japão voltou a elevar de 4 para 5 o nível de alerta sobre um possível acidente nuclear na usina de Fukushima, no nordeste do país. A escala varia de 1 a 7 - sendo que 7, o mais grave, foi o nível do desastre de Chernobyl, em 1986.




Ainda assim, as autoridades japonesas alertam que apesar de grave, a situação no país está controlada. Os níveis de radiação permanecem estáveis sendo que em alguns lugares até diminuíram. Segundo o primeiro-ministro japonês Naoto Kan, a central nuclear de Fukushima ainda enfrenta "enormes dificuldades". Mas ele prometeu à nação que o Estado retomará o controle da situação. "Superaremos esta tragédia e devolveremos a confiança à população", disse.


Durante toda sexta, trinta caminhões-pipa fizeram o trabalho de resfriamento de um dos reatores da usina de Fukushima. Sem luz desde a primeira explosão, no sábado, a energia elétrica no local deve ser restabelecida pelo menos em parte do complexo já nas próximas horas  Para o diretor geral da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), Yukiya Amano, os atuais níveis da radiação não oferecem risco a Tóquio. Na próxima segunda-feira (21), a Organização das Nações Unidas (ONU) deve promover uma reunião para discutir a situação das usinas e os passos a seguir.


                                    Níveis de radiação a que estamos expostos e seus efeitos